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Cultura

Cultura

     Arte

A arte da máscara azul de Angola, como a maioria da arte africana, as máscaras de madeira e as esculturas não são criações meramente estéticas. Elas têm um papel importante em rituais culturais, representando a vida e a morte, a passagem da infância à vida adulta, a celebração de uma nova colheita e o começo da estação da caça. Os artesãos angolanos trabalham madeira, bronze e marfim, nas máscaras ou em esculturas. Cada grupo étino-linguístico em Angola tem seus próprios traços artísticos originais. Talvez a parte mais famosa da arte angolana é o "Pensador de Cokwe", uma obra-prima da harmonia e simetria da linha. O Lunda-Cokwe na parte nordeste de Angola é conhecido também por suas artes plásticas superiores. Outras partes da assinatura de arte angolana incluem:

  • a máscara fêmea Mwnaa-Pwo desgastada pelos dançarinos masculinos em seus rituais de puberdade.
  • máscaras poli-cromáticas de Kalelwa usadas durante cerimônias de circuncisão
  • máscaras de Cikungu e de Cihongo que conjure acima das imagens da mitologia de Lunda-Cokwe. Duas figuras chaves neste panteão são a princesa Lweji e o príncipe da civilização Tschibinda-Ilunga.
  • a arte em cerâmica preta de Moxico do centro/leste de Angola

Antes dos anos 80, todo o marketing dos artesãos estava sob o controle de Artiang, um braço do ministro da cultura. Entretanto uma vez que este monopólio comercial sobre a produção da arte foi removido, a arte em Angola floresceu. Enquanto as máscaras e as estátuas de madeira da África cresceram na popularidade no oeste, a indústria do artesanato em Angola procurou atender a demanda por arte africana. As máscaras e as bugigangas estilizadas, que são criadas para capturar o olho de um turista, são conhecidas geralmente como "a arte aeroporto”. São partes produzidas em série, ao gosto do turista médio, mas faltam todas as ligações reais com as tendências culturais mais profundas dos povos. Um dos maiores mercados de artesanato em Angola é o mercado de Futungo, logo ao sul de Luanda. É o centro principal do comércio de artesanato para turistas e expatriados. O mercado está aberto somente aos domingos. A maioria dos comerciantes do artesanato são Kikongo, embora os artesãos mesmos granizem de muitos grupos étino-linguísticos diferentes. Futungo tem também a vantagem adicionada de ser perto das praias bonitas ao sul de Luanda, onde muitos dos residentes de Luanda gastam seus fins de semana apreciando o sol e a areia da baía de Mussulo. Embora a maioria dos artigos encontrados no mercado de Futungo seja "da variedade da arte aeroporto", pode-se encontrar um tesouro ocasional da arte, como na pintura de Alberto, um coletor africano sério da arte.

As grandes transformações políticas e sociais no Zaire, no começo dos anos 90, resultaram num aumento do contrabando e da pilhagem de tesouros da arte dos museus do país. Algumas destas partes encontram seu caminho em Angola e são vendidas frequentemente a preços muito elevados. Mesmo se não se quer comprar uma lembrança africana, um passeio ao mercado de Futungo pode ser uma aventura. Os comerciantes frequentemente arranjam músicos com instrumentos tradicionais, tais como os marimbas e os kissanges, xingufos (chifres grandes do antílope) e cilindros para dar a sensação de um festival da vila. Os homens vestidos como guerreiros, a roupa desgastando das peles do antílope e do puma, os colares dos escudos e os chocalhos em seus tornozelos, adicionam ao sabor local do mercado.

      Dança

Em Angola, a dança distingue diversos géneros, significados, formas e contextos, equilibrando a vertente recreativa com a sua condição de veículo de comunicação religiosa, curativa, ritual e mesmo de intervenção social. Não se restringindo ao âmbito tradicional e popular, manifesta-se igualmente através de linguagens académicas e contemporâneas. A presença constante da dança no quotidiano, é produto de um contexto cultural apelativo para a interiorização de estruturas rítmicas desde cedo. Iniciando-se pelo estreito contacto da criança com os movimentos da mãe (às costas da qual é transportada), esta ligação é fortalecida através da participação dos jovens nas diferentes celebrações sociais (Os jovens são os que mais se envolvem), onde a dança se revela determinante enquanto factor de integração e preservação da identidade e do sentimento comunitário.

Depois de vários séculos de colonização portuguesa, Angola acabou por também sofrer misturas com outras culturas actualmente presentes no Brasil, Moçambique e Cabo Verde. Com isto, Angola hoje destaca-se pelos mais diversos estilos musicais, tendo como principais: o Semba, o Kuduro e a Kizomba.

   Literatura de Angola

A literatura de Angola nasceu antes da Independência de Angola em 1975, mas o projeto de uma ficção que conferisse ao homem africano o estatuto de soberania surge por volta de 1950 gerando o movimento Novos Intelectuais de Angola.[1] Depois de passado a alegria dos primeiros anos da independência e depois do fracasso da experiência socialista e de guerras civis devastadoras, acontece às injustiças do presente. Tanto, porque, não havia competência para levar adiante a independência com certa modernidade.

A literatura de Angola muitas vezes traz muito realismo em suas imagem do preconceito, da dor causada pelos castigos corporais, do sofrimento pela morte dos entes queridos, da exclusão social.

A palavra literária desempenhou em Angola um importante papel na superação do estatuto de colônia. Presente nas campanhas libertadoras foi responsável por ecoar o grito de liberdade de uma nação por muito tempo silenciado, mas nunca esquecido. O angolano vive, por algum tempo, entre duas realidades, a sociedade colonial européia e a sociedade africana; os seus escritos são, por isso, os resultados dessa tensão existente entre os dois mundos, um com escritos na nascente da realidade dialética, o outro com traços de ruptura.

       Lista de Escritores

               Poderás encontrar os dados bibliografiicos destes escritores abixo mencionados naesta webpage no item Literatura

    Cinema em Angola

O início da produção cinematográfica em Angola tem como base a atracção pelo "exotismo" das paisagens, povos, costumes e culturas locais, bem como o registo do crescimento e desenvolvimento do império colonial português em África.

    Primórdios

O filme O Caminho de Ferro de Benguela, realizado por Artur Pereira em 1913, é o primeiro registo datado de cinema em Angola. Até ao final dos anos 1940, a Agência Geral das Colónias e as "missões cinegráficas a Angola", produzem uma série de documentários – Exposição Provincial, Agrícola, Pecuária e Industrial (1923); Chipinica, Soba do Dilolo, Preparação do Café, Riquezas do Amboim, Angola Económica (1929) – e a primeira longa-metragem de ficção: O Feitiço do Império (1940), de António Lopes Ribeiro.

     Cinema na guerra

Durante as décadas de 1950 e 1960, merecem registo documentários como Ensino em Angola (1950) de Ricardo Malheiro, Angola em Marcha (1952) de Felipe de Solms, A Terra e os Povos (1954) de António Sousa, a série Actualidades de Angola (1957-1961) de João Silva, e O Romance do Luachimo (1968) de Baptista Rosa. Entre outras entidades responsáveis pelo acervo fílmico sobre o território, estão o Serviço Cartográfico do Exército, o Centro de Informação e Turismo de Angola (CITA), a Telecine-Moro e a Cinangola Filmes.

O documentário Angola, na Guerra e no Progresso (1971), do tenente Quirino Simões, foi o primeiro filme português em formato 70mm. É no período da guerra colonial que se regista o maior número de produções de ficção, com destaque para A Voz do Sangue (1965) de Augusto Fraga, Capitão Singrid (1967) de Jean Leduc, Um Italiano em Angola (1968) de Ettore Scola, Esplendor Selvagem (1972) de António Sousa, Malteses, Burgueses e às Vezes… (1973) de Artur Semedo ou Enquanto há Guerra há Esperança (1974) de Alberto Sordi.

Em simultâneo, desde finais dos anos 1960, os registos sobre a guerrilha anticolonial efectuados pelo Departamento de Informação e Propaganda do MPLA e os filmes Monangambê (1971), e Sambizanga (1972), de Sarah Maldoror, inspirados em obras de Luandino Vieira, antecipam um cinema de intervenção que se vem a consolidar com a independência do país.

     Cinema socialista

Com a formação intensiva de quadros na cooperativa de cinema Promocine e na Televisão Popular de Angola (TPA), o cinema começa por registar um país novo, acompanhando a mobilização popular, a condição laboral dos trabalhadores e as actividades político-militares em filmes como Sou Angolano, Trabalho com Força (1975) e Uma Festa para Viver (1976) de Ruy Duarte, Resistência Popular em Benguela (1976) de António Ole, A Luta Continua (1976) de Asdrubal Rebelo, as "Actualidades" de Sousa e Costa e os registos da equipa "Angola - Ano Zero", formada pelos irmãos Victor, Francisco e Carlos Henriques, de grande importância para o início de uma cinematografia angolana.

Dentro das estruturas estatais são criados o Instituto Angolano de Cinema (IAC) e o Laboratório Nacional de Cinema (LNC) que, em conjunto com a TPA eram os organismos responsáveis pela produção cinematográfica. Desta altura são os filmes Pamberi ne Zimbabwe (1981) de Carlos Henriques, Conceição Tchiambula (1982) de António Ole, Nelisita (1982) de Rui Duarte e Memória de um dia (1982) de Orlando Fortunato. Por motivos socio-económicos, que se reflectem na degradação das infra-estruturas e na desmotivação de realizadores e técnicos assiste-se, nos anos seguintes, a uma diminuição considerável da produção fílmica até à sua quase total paralisação. Para além do filme Levanta, voa e vamos (1986) de Asdrubal Rebelo há a registar a co-produção com Cuba, Caravana (1990) de Rogélio Paris e a primeira co-produção luso-angolana, O Miradouro da Lua (1992) de Jorge António.

Numa remodelação do aparelho estatal angolano em 1999, o LNC e o IAC são extintos e as suas funções integradas no Instituto Nacional das Indústrias Culturais.

     Retomada angolana

Em 2002 o estado angolano disponibiliza uma verba para a reabilitação do cinema. São incentivados os projectos de uma nova geração de realizadores – Maria João Ganga, Mariano Bartolomeu e Zézé Gamboa. Em 2003 é criado o Instituto Angolano de Cinema, Audiovisuais e Multimédia (IACAM) e traçado um plano para a recuperação, restauro e conservação do acervo fílmico de Angola.