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ECONOMIA

ECONOMIA

Economia

Economia é a ciência social que estuda a produção, distribuição, e consumo de bens e serviços. O termo economia vem do grego para oikos (casa) e nomos (costume ou lei), daí "regras da casa (lar).

Uma definição que captura muito da ciência econômica moderna é a de Lionel Robbins em um ensaio de 1932: "a ciência que estuda as formas de comportamento humano resultantes da relação existente entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que, embora escassos, se prestam a usos alternativos."[2] Escassez significa que os recursos disponíveis são insuficientes para satisfazer todas as necessidades e desejos. Estando ausentes a escassez dos recursos e a possibilidade de fazer usos alternativos desses recursos, não haverá problema econômico. A disciplina assim definida envolve portanto o estudo das escolhas uma vez que são afetadas por incentivos e recursos.

As áreas da ciência econômica podem ser divididas e classificadas de várias formas e em vários tipos, inclusive:

Um dos usos da economia é explicar como as economias, como sistemas econômicos, funcionam e quais são as relações entre agentes econômicos na sociedade em geral. Métodos de análise econômica tem sido cada vez mais aplicados em campos de estudo que envolvem pessoas que tomam decisões em um contexto social, como crime,[3] educação,[4] a família, saúde, direito, política, religião,[5] instituições sociais, e guerra.

 

 

Economia política, considerada um ramo da ciência do estadista ou do legislador, propõe dois objetos distintos: primeiro, suprir renda ou produtos em abundância para o povo, ou, mais apropriadamente, possibilitar que provenham tal renda ou provento por si sós; e segundo, suprir o Estado ou Commonwealth com uma renda suficiente para os serviços públicos. Ela se propõe a enriquecer tanto o povo quanto o soberano

Smith se referia à disciplina como 'economia política', mas esse termo foi gradualmente substituído por ciência econômica (economics) depois de 1870

Raciocínio econômico

Metodologia da economia

A economia enquanto uma disciplina contemporânea se fia em estilos rigorosos de argumentação. Os objetivos incluem a formulação de teorias que sejam mais simples, mais frutíferas e mais confiáveis do que outras teorias ou nenhuma teoria. A análise pode começar com um simples modelo que propõe uma hipótese de uma variável a ser explicada por outra variável. Com frequência uma hipótese em economia é somente qualitativa, não quantitativa. Isto é, a hipótese implica a direção de uma mudança em uma variável, não o tamanho da mudança, para uma certa mudança de outra variável Para clareza de exposição, a teoria pode proceder com a suposição de ceteris paribus, isto é, mantendo constante outros termos explicatórios que não aquele em questão. Por exemplo, a teoria quantitativa da moeda prediz um aumento no valor nominal da produção a partir de um aumento da oferta de moeda, ceteris paribus.

A teoria econômica é aberta às críticas de que ela confia em suposições irrealistas, não-verificáveis ou altamente simplificadas.[12] Um exemplo é a suposição da maximização do lucro pelas firmas competitivas. Respostas de executivos a perguntas sobre os fatores que afetam as suas decisões podem mostrar nenhum cálculo desse tipo.

Áreas da Economia

As áreas da economia podem ser classificadas de várias formas, no entanto uma economia é geralmente analisada através da microeconomia ou da macroeconomia.

Microeconomia

Artigo Principal: Microeconomia

A microeconomia examina o comportamento econômico dos agentes (inclusive indivíduos e firmas) e suas interações em mercados específicos, dadas a escassez e regulação governamental. Um determinado mercado pode ser para um produto, digamos, milho fresco, ou os serviços de um fator de produção, por exemplo, os serviços de um pedreiro. A teoria considera agregados de uma quantidade demandada por compradores e quantidade ofertada por vendedores para cada preço possível por unidade. A microeconomia une esses aspectos para descrever como o mercado pode atingir um equilíbrio em relação ao preço e a quantidade negociada ou responder a variações no mercado ao longo do tempo. Isso é geralmente referido como análise de oferta e demanda. As estruturas do mercado, como competição perfeita e monopólio, são examinadas como implicações para o comportamento e para a eficiência econômica. A análise frequentemente procede a partir da assunção simplificadora de que o comportamento em outros mercados permanece inalterada, (ceteris paribus), isto é, análise de equilíbrio parcial. A teoria do equilíbrio geral permite alterações em diferentes mercados e agrega todos os mercados, inclusive seus movimentos e interações em direção ao equilíbrio.[13][14]

Macroeconomia

Artigo Principal: Macroeconomia

A macroeconomia, também conhecida como "cross-section", examina a economia como um todo, "de cima para baixo", para explicar amplos agregados e suas interações. Tais agregados incluem as medições do produto nacional bruto, a taxa de desemprego, e inflação dos preços e subagregados como o consumo todas e os gastos com investimento e seus componentes. Ela também estuda os efeitos da política monetária e política fiscal. Desde pelo menos os anos 1960, a macroeconomia tem sido caracterizada pela integração cada vez maior com a modelagem de base micro de setores, inclusive a racionalidade dos agentes, o uso eficiente da informação no mercado, e a competição imperfeita.[15] Isso tem abordado uma antiga preocupação sobre as inconsistências no desenvolvimentos da disciplina.[16] A análise macroeconômica também considera fatores que afetem o nível de crescimento da renda nacional no longo-prazo. Tais fatores incluem a acumulação de capital, mudança tecnológica e crescimento da força de trabalho. [17][18]

Campos relacionados, outras distinções e classificações

Desenvolvimentos recentes mais próximos da microeconomia incluem a economia comportamental e a economia experimental. Campos que fazem fronteira com outras ciências sociais incluem a geografia econômica, história econômica, teoria da escolha pública, economia cultural, e a economia institucional.

Outra forma de divisão da disciplina distingue dois tipos de economia. A economia positiva ("o que é") tenta explicar o comportamento ou o fenômeno econômico. A economia normativa ("o que deveria ser", com frequência quanto a políticas públicas) prioriza escolhas e ações por algum conjunto de critérios; tais prioridades refletem juízos de valor, inclusive a seleção dos critérios.

Outra distinção é feita entre a economia ortodoxa e a economia heterodoxa. Uma caracterização bastante ampla descreveria a economia ortodoxa como aquela que lida com o nexo "racionalidade-individualismo-equilíbrio" e a economia heterodoxa seria definida por um nexo "instituições-história-estrutura social".[19]

Os códigos de classificação JEL do Journal of Economic Literature fornece uma maneira ampla e detalhada de classificar e buscar por artigosem economia por assunto abordado. Uma classificação alternativa com entradas muitas vezes detalhadas por categorias mutuamente exclusivas é O Novo Palgrave: Um Dicionário de Economia.[20]

Métodos quantitativos e matemáticos

A ciência econômica como disciplina acadêmica frequentemente usa métodos geométricos, além de métodos literários. Outros métodos quantitativos e matemáticos também são frequentemente usados para análises rigorosas da economia ou de áreas dentro da economia. Tais métodos incluem os seguintes.

Economia matemática

 Economia matemática

A economia matemática se refere a aplicações de métodos matemáticos para representar a teoria econômica ou analisar problemas surgidos na economia. Esses métodos incluem cálculo e álgebra matricial. Autores citam suas vantagens na formulação e derivação de relações centrais em um modelo econômico com clareza, generalidade, rigor, e simplicidade.[21] Por exemplo, o livro de Paul Samuelson Fundamentos da Análise Econômica (1947) identifica uma estrutura matemática comum através de vários campos da disciplina.

Econometria

Econometria

A econometria aplica métodos matemáticos e estatísticos para analisar dados relacionados com modelos econômicos. Por exemplo, uma teoria pode levantar a hipótese de que pessoas com mais educação irão ter renda mais alta, na média, do que uma pessoa com menos educação, mantido o resto constante. Estimativas econométricas podem delimitar a magnitude e a significância estatística da relação. A econometria pode ser usada para tecer generalizações quantitativas. Essas incluem testar ou refinar uma teoria, descrever uma relação de variáveis no passado e prever variáveis futuras.[22]