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Relações Públicas

Relações Públicas

        Relações Públicas designa a profissão e relações-públicas o profissional dessa atividade de comunicação. Relações Públicas ofertam uma variedade de funções a serem exercidas para as diversas organizações (sejam elas privadas, públicas ou do terceiro setor), sempre com vistas à manutenção do equilíbrio entre estas e os públicos com os quais interagem.

O objetivo do trabalho é o equilíbrio entre a identidade e a imagem de uma organização, focando a imagem institucional e trabalhando a relação com a opinião pública.

A expressão “Relações Públicas” é por uns atribuída, ao presidente dos E.U.A Thomas Jefferson que teria usado em (1802-1807), com sentido de estado de espirito para salientar a necessidade de prestação de contas do governo ao povo americano.

Mas foi apenas no inicio do Séc. XX, que YVY L. LEE, Fundou o seu primeiro escritório de R.P, em N.Y, em 1916. São conhecidas as circustâncias históricas que levaram esse antigo jornalista a «converter-se» a uma nova profissão.

      O papel do profissional

O profissional é o responsável pela comunicação integrada da organização, pela sua comunicação com os mais diversos públicos (público interno, público setorial e público externo) e pela comunicação institucional. Para isso usará diversos instrumentos e canais de comunicação, entre eles os house organs (jornais, revistas, boletins etc) e os eventos (seminários, encontros, reuniões etc).

Desenvolve e destaca o relacionamento institucional com os públicos estratégicos, identificando oportunidades e necessidades de comunicação da instituição com a sociedade, seja em situações harmônicas ou controversas.

O profissional de Relações Públicas planeja, executa e avalia as políticas de relacionamento da instituição, de maneira ética e estratégica, com todos os segmentos sociais, dando suporte para que ela se adapte num ambiente de constante transformação. Em resumo é um profissional que trabalha com Comunicação Estratégica e Mediada.

  • Relações Públicas é o profissional que administra interações entre públicos diversos. Capacitado, então, para planejar, organizar, decidir, executar e controlar atividades que envolvam diretamente o processo de comunicação (ex: a implantação de um sistema educacional e-learning, que exige um cuidado especial com linguagens e formas de comunicação para públicos diversos é uma ação que pode e deve ser gerenciada por um relações-públicas).

Além disso, o profissional de relações públicas pode trabalhar nas seguintes áreas:

Administração Promover ações para a valorização de uma empresa ou marcas. Criar canais de comunicação com os funcionários e fornecedores, clientes, governo e comunidade.

Atenção ao cliente Atender as solicitações e reclamações de consumidores, para melhorar a qualidade dos produtos e serviços da empresa.

Cerimonial e protocolo Orientar empresários, políticos e chefes de Estado sobre etiqueta e comportamento.

Comunicação institucional Divulgar os valores e as políticas da organização para funcionários, clientes, consumidores e fornecedores.

Eventos Organizar palestras, exposições, recepções, coquetéis e outras solenidades de promoção da empresa.

Pesquisa de opinião Coletar dados sobre o público interno e externo da empresa para desenvolver planos de comunicação e de ação.

Planejamento estratégico Traçar a estratégia de relacionamento e de comunicação com a comunidade, a imprensa, os fornecedores, a concorrência e os consumidores.

Projetos institucionais Analisar pedidos apresentados a empresas, de parceria em projetos sociais, culturais e educacionais, coordenando sua adequação à filosofia e aos objetivos da instituição.

Relações governamentais Elaborar planejamento estratégico.

Relações Públicas Digitais Relacionamento com os influenciadores de opinião nas mídias sociais, promovendo o diálogo com os diferentes públicos da organização que têm presença ativa na web.

        Objetivos das Relações Públicas

  • Construir, manter ou reformar a reputação positiva de uma instituição, seja ela um produto, uma marca, uma empresa, uma entidade, uma organização civil ou governamental, uma pessoa física;
  • Pensar e gerenciar as relações da organização com todos os seus públicos e o impacto na reputação;
  • Gerenciar crises;
  • Planejar e organizar eventos dentro do conceito Institucional e Organizacional visando objetivos estratégicos de relacionamento público;
  • Promover pesquisas de opinião pública;
  • Planejar e produzir publicações institucionais;
  • Desenvolver atividades de relacionamento com a mídia (muito mais amplas que o termo popularmente conhecido - assessoria de imprensa);
  • Identificar potenciais patrocinadores e fazer parcerias e convênios;
  • Desenvolver atividades de relacionamento com a comunidade a partir de políticas de responsabilidade social;
  • Reconciliar o interesse público ou ajustar com este, dos aspectos de uma conduta individual ou institucional que tem significado social.
  • Desenvolver através da Comunicação o entendimento do Público Interno às orientações diretivas conforme Planejamento Estratégico estabelecido em função de objectivos organizacionais.
  • Identificar e/ou construir canais e códigos de linguagens que possibilitem a aceitação dos públicos em função dos Objetivos Organizacionais de forma ética e democrática.
  • Monitorar as variáveis de comportamento dos públicos de interesse da organização.
  • Instrumentalizar através de informações estratégicas a cúpula diretiva para permitir decisões claras e lógicas face ao contexto político/social/económico/tecnológico em que está inserido a Empresa/Organização.

Hoje em dia as relações públicas estão a enfrentar uma série de desafios novos graças à web. Desde o aparecimento dos chamados "Social Media" passando pela exigência de uma transparência cada vez maior. Esses desafios têm vindo a modificar os objetivos das relações públicas.

        Força das Relações Públicas

As Relações Públicas gerem as relações com os accionistas; conseguem chegar a audiências difíceis como os líderes de opinião e a determinados consumidores. Muitos destes consumidores gastam muito tempo a ler e a ver ou ouvir programas de notícias mas não se interessam por publicidade, destroem os direct mail de que são alvo e têm assistentes que lhes filtram as chamadas. A publicidade apresentada desta forma pode ser mais efectiva para este tipo de pessoas. Além disso, os profissionais de RP, sensíveis à opinião pública, podem aconselhar clientes e empresas sobre as implicações das actividades corporativas. Os especialistas de RP podem apresentar a empresa como bom cidadão através da gestão cuidada da reputação e da imagem. Podem planear o tratamento das crises, minimizando os efeitos negativos. Oferecem também mensagens mais flexíveis em comparação com a publicidade e as promoções de vendas devido ao facto de as leis respeitantes às press releases serem menos restritivas. As RP adicionam credibilidade porque as audiências alvo consideram que as notícias tendem a ser mais objectivas que as restantes comunicações de marketing (que são desenvolvidas, apresentadas e pagas por um sponsor). As RP são mais baratas que as restantes ferramentas.

AS RP podem ter um grande impacto no conhecimento que o público tem da empresa / produto, a um custo mais reduzido que com a publicidade. A empresa não paga pelo espaço ou pelo tempo nos media. Em contrapartida, paga ao seu staff para desenvolver e fazer circular informação e gerir eventos. Se uma empresa desenvolve uma história interessante, esta pode ser "coberta" por vários media diferentes, tendo o mesmo efeito que com a publicidade, a um custo mais baixo. E terá mais credibilidade que a publicidade.

 

          Fraquezas das Relações Públicas

As ações de Relações Públicas são geralmente muito eficazes para levar um tema para a mídia, mas pela natureza da própria imprensa, a decisão final do que será publicado é do veículo de comunicação. O RP ou assessor de imprensa tem como objetivo pautar assuntos na mídia, ou seja, despertar interesse para cobertura, mas não tem controle sobre a publicação. Seus resultados devem ser avaliados em médio e longo prazos e nunca em curtos períodos.

          Públicos das Relações Públicas

  • Os públicos podem ser Internos e Externos

Internos: são as pessoas com quem a organização comunica regularmente na rotina do trabalho, tais como empregados, investidores, fornecedores, negociantes e clientes regulares.

Dentro dos públicos internos, os mais importantes são os funcionários. As comunicações internas podem ser descendentes, ascendentes e laterais. Nas comunicações descendentes, os gestores mantêm os funcionários informados sobre os programas e políticas da empresa. Os seus veículos são os jornais da empresa, os posters, filmes, cartazes e eventos. As comunicações ascendentes são menos desenvolvidas e os seus veículos são o feedback, as caixas de sugestões, os inquéritos, as reuniões de grupos e as jornadas de portas abertas. As comunicações laterais estão normalmente estruturadas nos departamentos, em pares as equipes comunicam entre si.

Externos: são as pessoas com quem a empresa comunica mas de uma forma não regular nem próxima, tais como os vizinhos na comunidade local, entidades governamentais, grupos de interesses, os media e a comunidade financeira.

Nas relações externas a principal preocupação são os media pois estes têm uma grande influência na opinião pública. A informação é disseminada através dos media como notícia ou história. Os consumidores também são uma grande fatia deste público. Chega-se a eles directamente através da publicidade e das vendas e indirectamente através da publicity. Outro público importante é o governo. Frequentemente, os interesses governamentais sobrepõem-se aos consumidores, particularmente aos grupos activistas. São necessários programas especiais para desenvolver relações positivas com os grupos activistas se a empresa está a trabalhar em áreas sensíveis que afectam a saúde pública, a segurança ou o ambiente. A comunidade financeira - investidores, accionistas e a imprensa financeira - são outro público importante.

 

  • Os públicos podem ser primários, secundários e marginais: Diferenciam-se pelo maior ou menor grau de importância que possuem para a organização.
  • Os públicos podem ser apoiantes, opositores e indiferentes: Os apoiantes são os que revelam uma atitude positiva face à organização, devendo exercer-se junto destes um esforço constante que vise reforçar as suas crenças; os opositores são aqueles cuja atitude é contrária à organização e portanto junto dos quais a comunicação a utilizar deve ser suficientemente persuasiva para mudar a sua opinião sobre a organização; finalmente os indiferentes são aqueles que reagem com indiferença em relação à organização devendo constituir um alvo importante a conquistar.