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José Eduardo Agualusa
José Eduardo Agualusa
José Eduardo Agualusa (Huambo, Angola; 13 de Dezembro de 1960) é um escritor angolano. Estudou agronomia e silvicultura no Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa. Colaborou com o jornal português Público desde a sua fundação; na revista de domingo desse diário (Pública) assinava uma crónica quinzenal. Atualmente, escreve crónicas mensalmente para a revista portuguesa LER e semanalmente para o jornal angolano A Capital. Realiza o programa A Hora das Cigarras, sobre música e poesia africana, difundido na RDP África. É membro da União dos Escritores Angolanos. Em 2006 lançou, juntamente com Conceição Lopes e Fatima Otero, a editora brasileira Língua Geral, dedicada exclusivamente a autores de língua portuguesa. A sua obra encontra-se traduzida em mais vinte idiomas. Numa entrevista, o escritor responde a pergunta, "Quem é o Eduardo Agualusa?": "Quem eu sou não ocupa muitas palavras: angolano em viagem, quase sem raça. Gosto do mar, de um céu em fogo ao fim da tarde. Nasci nas terras altas. Quero morrer em Benguela, como alternativa pode ser Olinda, no Nordeste do Brasil." Perguntado se se diverte escrevendo, Agualusa explica: "Escrever me diverte, e escrevo também, porque quero saber como termina o poema, o conto ou o romance. E ainda porque a escrita transforma o mundo. Ninguém acredita nisto e no entanto é verdade."[1] Obras
Outros: • Geração W (peça de teatro montada em Portugal em 2004) • Chovem amores na Rua do Matador (peça de teatro escrita juntamente com Mia Couto, estreada em Portugal em 2007) • Aquela Mulher (texto para monólogo teatral estrelado por Marília Gabriela e direcção de Antônio Fagundes, montado em São Paulo, Brasil, em 2008 e Rio de Janeiro, Brasil, em 2009) • Lisboa Africana (reportagem, 1993--com o jornalista Fernando Semedo e a fotógrafa Elza Rocha) Traduções das obras
PrémiosBeneficiou-se de três bolsas de criação literária: a primeira, concedida pelo Centro Nacional de Cultura em 1997 para escreverNação Crioula; a segunda em 2000, concedida pela Fundação Oriente, que lhe permitiu visitar Goa, Índia, durante três meses e na sequência da qual escreveu Um Estranho em Goa; a terceira em 2001, concedida pela instituição alemã Deutscher Akademischer Austauschdienst. Graças a esta bolsa viveu um ano em Berlim, e foi lá que escreveu O Ano em que Zumbi Tomou o Rio. Em 2009, foi convidado pela fundação holandesa Fonds voor de Letteren a passar dois meses em Amsterdão, onde escreveuBarroco Tropical. O seu primeiro romance - A Conjura - recebeu o Prémio de Revelação Sonangol. Com Nação Crioula foi distinguido com o Grande Prémio de Literatura da RTP. Fronteiras Perdidas obteve oGrande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco da Associação Portuguesa de Escritores. Estranhões e Bizarrocos obteve oGrande Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças e Jovens, em 2002. Agualusa recebeu, em 2007, o prestigioso Prémio Independente de Ficção Estrangeira, promovido pelo diário britânico The Independent em colaboração com o Conselho das Artes do Reino Unido, pelo livro O Vendedor de Passados, tornando-se o primeiro escritor africano a receber tal distinção. Interpretações críticasPires Laranjeia descreve o autor assim: "Agualusa alia à sua capacidade de fundamentação histórica a facilidade de fluência da enunciação, cauterizadas com episódios burlescos, sentimentais e maravilhosos."[2] Estudos sobre a obra de AgualusaSalgado, Maria Teresa. "José Eduardo Agualusa: Uma ponte entre Angola e o mundo." África & Brasil: letras em laços. Ed. Maria do Carmo Sepúlveda. Rio de Janeiro: Atlântica, 2000. pp. 175-196. Referências
Fonte: Wikipédia |